Roteiro e Passagem Aérea para Florianópolis
Chegar em Florianópolis de avião já é uma experiência maravilhosa… ainda mais se você tiver a sorte de pegar um céu de brigadeiro. A vista é realmente linda e a chegada espetacular, já dando um gostinho do que você vai encontrar pela ilha!Eu gosto muito de ficar na Praia Brava, uma das minhas preferidas. Que praia maravilhosa!
Pequena (tem mais ou menos 1 km), com uma areia super fofinha, mar de ondas (gelaaaado, mas sempre cheio de surfistas) e bem vazia – fora de temporada, claro! Esta é uma das poucas praias de Floripa onde é permitido construir na orla, então todos os condomínios são na beira da areia. Não tem barracas, só uns dois barzinhos pequenos, um de cada lado. Caminhar na Praia Brava é inexplicável.
Se você está indo a Floripa pela primeira vez, minha sugestão é alugar um carro e simplesmente explorar! Comece percorrendo a Ilha de norte a sul, sem parar em nenhuma praia, só para ir se habituando à geografia e aos caminhos. O sul é bem diferente do norte e já dá para perceber no caminho: bem mais vazio, mais virgem, muito mais verde e inabitado. Um percurso desses deve demorar cerca de uma hora. Se você começar pelo norte, faça a parada na ponta sul, mais especificamente na praia Pântano do Sul.A Pântano do Sul tem um visual bem peculiar.
O mar é agitado e bonito, apesar da areia ser bem cinza. Mas a grande atração de lá (não perca!), é um restaurante, meio botecão, chamado Bar do Arantes. Muuuito bom! Quem vê de fora não dá muito, é uma casinha bem simples de madeira, na areia mesmo, toda fechada… mas dentro, ele é todo decorado com bilhetes dos freqüentadores, que escrevem recadinhos e penduram na parede.
Não se vê um centímetro de parede, é tudo papel! Muito legal! Entre os papéis, umas janelinhas por onde dá para ver o pôr do sol caso você vã no final da tarde. Os comes e bebes são bem tradicionais ali. Servem uma cachaça toda especial, feita por eles, e sempre por conta da casa e pratos de frutos do mar. Muita comida e bem barato! A sugestão é a chamada sequência de frutos do mar. Vem casquinha de siri, marisco, camarão no bafo, camarão ao alho e óleo, camarão à dorê, isca de peixe, ostra gratinada… e quando você acha que não cabe mais nada vem salada, peixe com molho de camarão, arroz, fritas e pirão! É para comer esquecendo totalmente o regime!
Praias do Norte
Depois de ter a visão geral da ilha, comece a fazer as paradas. Um bom roteiro pode começar pelo norte, descendo pelo oeste de Floripa. Comece pela já citada Praia Brava. Siga e faça uma primeira parada na Ponta das Canas.Bonita, mas bem praia de pescador, muitos barcos na água, canoas enfiadas na areia, redes… o visual é muito diferente. Em um ponto da praia, as casas já não são no pé da areia, são separadas por um riozinho, parecido com um mangue.
Este riozinho é todo cercado de verde, um estilo que não tem nada a ver com litoral! Aliás, uma das coisas mais legais de Florianópolis, na minha opinião, é essa mudança de cenário a cada esquina! Tem praias de todos os tipos, para todos os gostos, com todo tipo de gente, de casas, de vegetação!
Próxima sugestão de parada: praia de Cachoeira do Bom Jesus. O mar é bem tranqüilo, com umas poucas ondas. Essa já é uma praia mais urbana, com casas e predinhos na orla. Outro estilo! Siga para Canasvieiras, que é a praia onde mais gente mora o ano inteiro (não apenas passa férias), bem mais urbana e mais cheia também. É dali que saem os passeios de escuna, então é bem cheia de turistas. Ao mesmo tempo tem uma estrutura bem maior, um centrinho legal, supermercado grande, lojinhas, etc.
Jurerê Internacional
São duas Jurerês, na verdade. A tradicional que é mais simples, (e cá entre nós um pouco sem graça), e a Jurerê Internacional, que é exatamente o oposto. É tipo um condomínio totalmente planejado, parece aquelas cidades do interior dos Estados Unidos, nos anos 60: casas enormes, cada uma de uma cor (rosinha, azulzinha, amarelinha…).
As ruas formas uns blocos quadradinhos, tem um shopping ao ar livre, centrinho… a praia praticamente não tem areia, é meio de tombo, e o público é formado por turistas do Brasil que decidiram fazer pouso por ali. Vale a pena conhecer porque é completamente diferente de tudo o que você encontrará em Floripa.
Passe pela praia de Sambaqui, que já é completamente diferente de todas as outras, bem no oeste da ilha, bem mais simples, com barquinhos de pesca e muitas gaivotas.Para chegar, é preciso pegar um caminho lindo, de paralelepípedo, totalmente verde de um lado e com o mar do outro. Passe pela praia de Cacupé, cheia de pedras e barcos de pesca; e pela Santo Antônio de Lisboa, com estilo totalmente açoriano, casinhas bem antigas, parecendo Portugal mesmo, até chegar a Sambaqui.
Leste
Outro circuito interessante começa pela praia do Santinho (onde fica o famoso Resort). Em uma das pontas da praia, tem uma trilha arqueológica que leva a inscrições rupestres de mais de 5 mil anos (uns desenhos feitos por humanos em pedras que foram achados em vários pontos de Santa Catarina, e cujo significado ainda é desconhecido).
Na outra ponta existe uma trilha por dentro das dunas que leva à Praia dos Ingleses.
Esta já não é tão bonita e bem mais urbana, com muitas casas e predinhos na orla. O mar normalmente é tranquilo e as dunas são muito lindas, e boas para a prática do Sandboard.
Siga em direção ao leste da ilha. Passe pela conhecida Praia Mole, que é bem famosa, cheia de surfistas e costuma ficar lotada! Passeie pela Lagoa da Conceição com certeza o lugar mais popular da ilha. Restaurantes, bares, movimento… a Rua das Rendeiras com artesanato local. Bem diferente da tranqüilidade total da maioria das praias de Florianópolis. É uma questão de gosto, e a capital de Santa Catarina consegue agradar a todos!
Sul da Ilha
Faça uma primeira parada na praia de Campeche. Essa praia é bem grande e tem uma parte bem deserta, sem casas, só mato, e uma parte um pouco mais ocupada por umas casonas bem bonitas. De uma forma geral as praias do sul são bem mais isoladas e desocupadas, mais cheias de surfistas que preferem ficar fora do agito das praias mais famosas.
Bem em frente à praia fica a Ilha de Campeche, que é muito linda, e vale a pena ser visitada!Siga pela praia da Armação, um pouco mais cheia, já com barzinhos e restaurantes na entrada e mais casas, apesar de ainda o clima ser bem mais simples do que no Norte. Não perca muito tempo ali e siga para a Morro das Pedras, praia bem pequena e MARAVILHOSA… ela faz um tombo enorme da areia para o mar, um dos mais bravos da cidade!! O chão é completamente lotado de conchinhas, coberto de pequenas pedras e pedacinhos de conchas, e as ondas batem direto nas pedras que ficam nos cantos. Absolutamente imperdível!
Faça uma parada na Ribeirão da Ilha, a praia com maior tradição açoriana de Floripa. Todas as casinhas têm aquela cara de início da colonização e a pequena faixa de areia possui vários banquinhos e mesinhas de pedra, inclusive com tabuleiros de xadrez. O mar é bem tranquilo, cheio de gaivotas e ali é o reduto das ostras. São vários restaurantes, um do lado do outro, com nomes engraçados tipo Maria Vai Com as Ostras.
Coma no Ostradamus, um restaurante bem tradicional, em cima da areia, com pratos demorados, estilo “passar o dia todo comendo”… eles servem ostras de tudo quanto é jeito e frutos do mar… o pastel de camarão é maravilhoso!
Centro da cidade
Quem procura Floripa, normalmente está em busca de suas praias lindas. Mas o centro histórico também é uma opção interessante de passeio. Monumentos, prédios históricos, ruas movimentadas. Vale a visita. Mas mesmo que você não queira passear por ali, não deixe de dar uma passada alguma noite para ver a Ponte Hercílio Luz inteira iluminada!
Este cartão postal de Florianópolis liga a ilha ao continente, e com as luzes acesas é uma das coisas mais lindas que eu já vi na minha vida! É daquelas imagens que não saem nunca mais da memória!